DIVERSOS

		Rua “golpe d’ Asa” do Trigo Limpo Teatro Acert dia 26 de Setembro/ ano 2009 Rossio Espectáculo de rua único e inesquecível no dia 26 de Setembro, com um percurso a ter início junto ao edifício da Segurança Social, seguindo pela Avenida Dr. Lourenço Peixinho, terminando no Rossio. De referir que
o “pássaro” estará em exposição no Largo do Mercado Manuel Firmino, a partir do fim do dia de 25 de Setembro até à hora do desfile (dia 26). No domingo, dia 27 de Setembro, ficará instalado no Rossio para que todos o possam apreciar. Importa realçar que o Trigo Limpo teatro Acert marcou presença na Expo Saragoça 2008 desfilando em representação de Portugal e participou em vários eventos nacionais, com “golpe d’asa”. Foram espectáculos marcantes, cada um à sua dimensão relativa, deixando na memória dos milhares de espectadores uma forte imagem do nosso imaginário colectivo e popular. “golpe d’asa” consiste num espectáculo de rua que tem como cenário móvel um engenho cénico baseado no brinquedo tradicional de madeira: o passarinho. Para além das suas imagens fortes, “golpe d’asa” constrói uma narrativa drama¬túrgica apoiada por uma equipa de animadores, actores e músicos que, em desfile e com breves paragens, contam uma “história” simples que vai do namoro ao ovo, ou do nascimento à cova e lembram o dilúvio e a arca de Noé ou o imaginário da “Passarola” de Bartolomeu de Gusmão, tendo sempre presente a nossa im”possibilidade” de voar. A narrativa da história centra-se principalmente na relação do objecto-brinquedo agigantado com o grupo de animadores-actores-músicos e nas imagens e sons retidos pelo público durante o desfile e as suas breves paragens. O desfile desta ave “gigante” é animado por uma equipa de onze actores e músicos que interagem com a “ máquina” e com o público tornando ainda mais mágica a passagem de um animal cuja riqueza simbólica apenas se esgota na capacidade imaginativa de cada um dos espectadores. Logo no início o pássaro inerte é descoberto pelo grupo de animadores que como “populares” lhe dá vida e inicia o movimento. Pouco depois o aparecimento inesperado de grande quantidade de ovos obriga a uma tentativa frustrada de os chocar. Rapidamente todos são galinhas, mas rapidamente também reencontram a normalidade e o andamento. Mais uma paragem. O medo de algo grandioso, talvez o dilúvio, leva à descoberta de que apenas com os outros conseguiremos continuar a caminhada. Caminhada finalmente interrompida pelo ancestral desejo de voar: a descoberta de um par de asas leva a que alguém tente voar. Essa tentativa provoca o abandono do pássaro-mãe e a viagem individual de cada um deixando os espectadores como que ao espelho frente ao pássaro gigante e adormecido. Pretendemos que o imaginário popular do “pássaro” se complemente com um imaginário moderno e actual e na passagem de uma mensagem em que a relação humana, entre si, seja uma relação de esperança num futuro centrado na paz, na igualdade e na diversidade. Um futuro a começar já agora a ser sonhado.

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